Lopito Feijó

Nome importante da geração de 80, a chamada "Geração das Incertezas", Lopito Feijó assume a rutura com os cânones semânticos e estéticos tradicionais, propondo uma estética assente numa linguagem dissonantemente metafórica e no experimentalismo visual. Com um estilo simultaneamente satírico e irreverente, a sua poesia, caracterizada por um profundo teor lírico, é fruto de um sujeito poético revoltado e colérico que assume a melancolia como forma de exprimir a sua frustração e o seu desencanto face à realidade social e política de Angola. Esta cólera, metaforicamente simbolizada por uma descarga biliar produzida por um mal-estar hepático, é o resultado do descontentamento que lhe provocam as permanentes situações de guerra e opressão - "o veneno sorumbático" – que ameaçam, desde há muito, a sua Pátria e que, em permanente vigília, procura combater: "O veneno sorumbático inspira vigília (...)".

Foi membro da direção da Brigada Jovem de Literatura até 1984, e recebeu uma "Menção Honrosa" no concurso de literatura "Camarada Presidente", promovido pelo INALD (Instituto Nacional do Livro e do Disco).

Membro da União de Escritores Angolanos (UEA Doutrina (poesia, UEA,1987);

Meditando (ensaio e crítica, 1994), Rosa Cor de Rosa, Corpo-a-Corpo (plaquetes de poesia, 1987), No Caminho Doloroso das Coisas — Antologia de Jovens Poetas Angolanos (UEA 1988), Cartas de Amor (UEA, poesia, 1990), Imprescindível doutrina contra, (2017), Doutrinárias lâminas Doutrinárias (2018) Experimentais poépicos, (2019), tendo merecido algumas distinções dentro e fora do país: destas, destacam-se “Entre o Écran e Esperma”, “Me Ditando”, “Rosa cor de Rosa”, “Na idade de Cristo”,  “Desejos de Aminata“ e  “Marcas da Guerra”.

Participação na Maratona de Leitura

5 de julho
18:30 Passeio de barco no Rio Zêzere, com os escritores Abdulai Silá e Lopito Feijó (Várzea de Pedro Mouro)
6 de julho                                                                                             
20:00 Leitura no Palco