Tema

Como assinalou Simone de Beauvoir, embora a resistência não aspire a um efeito positivo, pois pressupõe negação, revolta ou martírio, é com base nesse movimento negativo que a positividade associada à liberdade se constrói.

Os livros estão cheios de episódios de movimentos populares, políticos ou sociais, cuja resistência conduziu à liberdade dos povos de praticamente todos os continentes do mundo.

Essas lutas inspiraram outras lutas. Mas a resistência não pressupõe apenas o ato de guerrear. Veja-se os atos de resistência das mulheres que, no século XIX, lutaram pela igualdade de direitos.

Ou aquelas que ainda hoje reclamam salários iguais para funções iguais. No ato de resistir esconde-se o seu fim último: a liberdade. Libertar-se de uma situação injusta, de um cenário opressor, de uma sociedade que nega direitos básicos seja a mulheres ou às diversas minorias.

A Maratona de Leitura deste ano acende uma centelha para iluminar a resistência e liberdade num mundo cada vez mais sombrio. Vamos falar, ler, escrever e até gritar para que a voz de todos se faça ouvir naquele que é o festival literário mais bonito de Portugal, mas também o mais inclusivo e multicultural.

Pela força da palavra ou pelo ato da leitura vamos tentar construir um mundo melhor e mais livre!