Fernando Dacosta

Ficcionista e autor dramático, formado em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa, exerceu a atividade profissional de jornalista, na sequência da qual publicou os trabalhos de investigação jornalística Os Retornados Estão a Mudar Portugal (Grande Prémio de Reportagem do Clube Português de Imprensa) e Moçambique, Todo o Sofrimento do Mundo (Prémios Gazeta e Fernando Pessoa). Estreou-se como dramaturgo com Um Jipe em Segunda Mão , peça que, tendo por tema as sequelas da guerra colonial portuguesa, foi distinguida com o Grande Prémio de Teatro da RTP, e editada, em 1983, com o monólogo dramático A Súplica e o diálogo Um Suicídio Sem Importância, volumes a que se seguiriam os trabalhos teatrais Sequestraram o Senhor Presidente (1983) e A Nave Adormecida (1988). Tentado pela maior liberdade de tratamento do espaço e do tempo no registo novelístico, com O Viúvo (Grande Prémio da Literatura do Círculo de Leitores) e Os Infiéis , afirmou-se no domínio da ficção com uma escrita instituída como indagação obsessiva sobre uma portugalidade entrevista num passado recente (O Viúvo ) ou no período dos Descobrimentos (Os Infiéis), e estabelecendo nexos de intertextualidade com outros autores de língua portuguesa que integram ou refletiram sobre a mitologia do ser português, como Agostinho da Silva, Jaime Cortesão, Antero, Pascoaes, Oliveira Martins, Camões ou Pessoa.

Participação na Maratona de Leitura

4 DE JULHO
22:00 Memórias da Diáspora, com os escritores Fernando Dacosta, Dulce Maria Cardoso e Mário Beja Santos (Hotel da Foz da Sertã)

Fernando Dacosta