Espetáculo Musical

"Euráfrica Eurásia"

Projeto singular, com composições que assentam no cruzamento de características musicais dos continentes europeu, africano e asiático, reúne as polivalências criativas e multi-instrumentais dos músicos Miguel Calhaz e Quiné Teles.
Assim, ao contrabaixo, às flautas e às vozes junta-se um poderoso manancial de instrumentos de percussão tradicionais africanos desde a timbila (xilofone moçambicano que é considerado património mundial), kalimba, kissange ou o balafon, de entre tantos outros.
Elementos melódicos asiáticos e ritmos do médio oriente integrarão igualmente o roteiro desta que será uma harmoniosa viagem intercontinental recheada de aventuras tímbricas!

4 de julho 21:30 parte I - "Diáspora" - Hotel da Foz da Sertã (Cernache do Bonjardim)
5 de julho 23:40 parte II - ''Descobrimentos'' - Palco das 24H a ler (Alameda da Carvalha - Sertã)

''À volta da Língua''

Andante Associação Artística

Um espetáculo de teatro sobre a poesia portuguesa. Partindo de textos exclusivamente de autores de língua portuguesa, este espetáculo oferece uma leitura diferente a esses textos. Mostrá-los na sua forma, no seu conteúdo, na sua sonoridade.
Evidenciar a língua portuguesa como língua viva: como os autores contemporâneos foram buscar as suas referências formais e de conteúdo a autores mais antigos e como partindo dessas referências a língua se desenvolveu e continua em transformação.
O espetáculo mostra como a reinvenção da língua é um acontecimento quotidiano, não só em Portugal, mas também em outros países onde se fala o português.

5 DE JULHO

22:30 Casa da Cultura da Sertã

Leituras ao Piano

com Marco Figueiredo

Licenciado em piano jazz pela Escola Superior de música e artes do espetáculo.
Participou em inúmeros projetos, do jazz à música popular, fez bandas sonoras para curtas e longas metragens, arranjos para formações diversas.
Gravou quatro discos em seu nome e tem participações em mais de uma dezena de discos dos mais variados projetos.

6 DE JULHO

02:30 Leitura ao piano com Joana Lopes e Pedro Ferrão no palco das 24h a ler.
12:00 Leitura ao piano da obra ''Cabeça de Andorinha'', de Joana M. Lopes.
23:50 Encerramento da Maratona de Leitura, ao piano, pela equipa da Biblioteca.

“Todas as palavras têm batida”

com J-K, Maria e DarkSunn

Em busca do ritmo escondido nas palavras, os produtores e Dj's Maria e Dark-Sunn vão apresentar as suas criações sonoras, em modo Live Act, estendendo o tapete musical para J-K “declamar”, “rimar”, “cantar”, o que lhe quiserem chamar, palavras suas e de outros que, como ele, escrevem em português e têm África no código genético.

6 DE JULHO

04:00 Palco das 24H a ler (Alameda da Carvalha)

Espetáculo de teatro ''Colo''

Elvira & Companhia

Ao Colo de quem conta estórias
Vindas de longe, deste e de outro tempo
do africano continente, berço de todos
Pela pena em português, escuto doce alento.

O projeto Elvira & C.ª apresenta estórias e contos, ora conhecidos ora inéditos, narrados num formato que pretende tanto quanto possível a forma de café-concerto. Sessões para público infanto-juvenil, mas também para graúdos. Malas ditas mágicas, repletas de objetos. Diversão é o ingrediente principal, utilizando teatro e música, artes das quais são francos apreciadores, a narrativa flui ao sabor das assistências. Entre os espetáculos já realizados por este trio contam-se “Estórias para Piquenicar”, “O Incontestável Nuno”, “Histórias...à volta do Natal”, “A última das guerras” ou “Muro de um Lado Só”.

6 DE JULHO

11:00 Biblioteca Municipal

Romance ao contrário:concerto narrativo

Com Marco Figueiredo

William Faulkner disse um dia, que o escritor só escreve meio livro, a outra parte é escrita pela imaginação do autor, escreveu assim, até ao fim, sem esperar que o leitor concluísse o seu raciocínio.

Quando lemos um livro, é o texto que nos revela imagens, espaços e tempos onde imaginamos a ação desfiar-se. Aquilo que propomos neste concerto narrativo é o exercício inverso, baseados no recém publicado livro “A sertã a preto e branco” “memórias de 1974”, alguns escritores convidados vão estar no palco, a desfiar as meadas de película criativa que lhes perpassam os obturadores do hemisfério direito, baseados nas imagens do livro, projetadas na tela.  

O público pode, e deve intervir, ao acender um foco de luz, dará indicação ao responsável técnico que tem algo a acrescentar ao entrelaçar de vidas e espaços criados em tempo real. Ao longo de todo este processo, o pianista Marco Figueiredo vai criando uma banda sonora, em tempo real, de toda a ação criada. Um espetáculo para testar a capacidade de improvisação de todos os intervenientes, e talvez a capacidade de memória de alguns espetadores. Quem sabe, alguém presente, foi presença do histórico passado, quem sabe, alguém presente, será presença do estórico futuro.

6 DE JULHO

19:00Casa da Cultura da Sertã

O Telhado do Mundo

com António J. Gonçalves, Filipe Raposo e Ondjaki

O Telhado do Mundo é um projeto que reúne o escritor angolano Ondjaki, o artista visual António Jorge Gonçalves e o pianista Filipe Raposo. Construção em tempo real de uma narrativa desdobrada em 3 dimensões – escrita, desenhada e tocada – seguindo uma estrutura prévia mas aberta a todas as ocorrências no seu desenrolar. Jogo de tema e variação, contraponto e cumplicidade.

6 DE JULHO

21:45Palco das 24H a ler (Castelo da Sertã)

Para atravessar contigo o deserto do mundo

com Pedro Lamares e Lúcia Moniz

Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade, para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei
A amizade de Sophia e Jorge de Sena é bem conhecida, até pelas cartas publicadas.
Juntos, em separado, atravessaram o deserto de um país em ditadura. Sena exilou-se, Sophia ficou. Desse afastamento físico resulta a literatura epistolar da sua correspondência.
Muito além da directa, há uma profunda correspondência de propósitos. A luta pela liberdade, pela acção, pela palavra. A Sophia é doce, mas não perdoa. Exige a verdade por inteiro para não habitar meio quarto. O Sena é duro e não perdoa. Lembra-nos os que foram estripados, esfolados, queimados, gaseados, e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido .
Juntos, colocam-nos num lugar onde somos chamados a decidir, a questionar. Um lugar
onde a indiferença se mostra imperdoável.
Para atravessar contigo o deserto do mundo é um exercício de intertexto. Intertexto entre
dois poetas, entre dois actores, intertexto de afectos e uma luta comum, entre o mundo que
temos e o que queremos.
Uma pequenina luz bruxuleante e muda
como a exactidão como a firmeza
como a justiça.
Apenas como elas.
Mas brilha.
Não na distância. Aqui
no meio de nós.
Brilha

6 DE JULHO

22:45 Palco das 24H a ler (Castelo da Sertã)