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Quem disse que a maratona não corre?

uma ideia pouco sensata de Fernando Alvim para a Maratona da Leitura

Há muito que queríamos materializar o nome da Maratona da Leitura em algo ainda mais prático. Foram anos a ouvir que dizíamos que eramos uma maratona mas depois não corríamos. Mas isso acabou. A maratona vai colocar literalmente a correr gente que possivelmente não o faz desde a preparatória. É uma notícia boa para a comunidade da ortopedia mas também para os atletas - perdão - para os escritores e poetas e quem quiser que mostrarão o dom da ubiquidade, lendo e correndo até à meta.

Destinatários: Público em geral

Inscrições até 30 de junho

3 de JULHO  10:00Av. Gonçalo Rodrigues Caldeira (Sertã)

Pinguim fora de portas

com Rui Spranger e Rui David

As segundas de poesia do Pinguim Café acontecem há 36 anos. Iniciaram-se com o poeta e actor Joaquim Castro Caldas em 1988 que permaneceu até 1996, seguindo-se-lhe o poeta Daniel Maia-Pinto Rodrigues, o Amílcar Mendes, o Pedro Lamares, o Isaque Ferreira, a Cristina Bacelar e desde 2002, por Rui Spranger.
Sessão aberta às intervenções de leitura poética, replicando as icónicas noites de poesia do Pinguim Café conduzidas por Rui Spranger.

Entrada Livre

3 DE JULHO23:15 Casa de Gigante (Vale do Pereiro)

 

Poesia à La Carte

Com Andante Associação Artística

A Chef Andantinni tem propostas poéticas para todos. Escolha do cardápio um poema e deguste-o nesta esplanada ao ar livre.
Venha viver uma experiência única!
Se num restaurante não está à espera que o seu prato seja servido a todos, aqui, o poema que escolheu, é só para si.
Temos o sistema tecnologicamente mais avançado para o levar das mãos da nossa Chef até aos seus ouvidos.

Poesia à la carte: um momento único na sua vida!

Entrada Livre, por ordem de chegada

4 DE JULHO  
Poesia à La Carte 10:00Mercado Municipal (Sertã)

Poesia à La Carte 17:30Piscinas Municipais (Sertã)

Passa-se alguma coisa ali?!

por Alunos da E.T.P.S., Filipe Lopes e Ana Cristina Pereira

“Passa-se alguma coisa ali?!” é um convite ao desconforto, ao encontro com o medo do desconhecido. Apenas algumas pessoas serão convidadas a entrar por caminhos vedados ao público, lidando com os mais diversos receios, através da poesia. É o resultado do trabalho realizado ao longo do último ano letivo com os alunos da Escola Tecnológica e Profissional da Sertã e pela Associação de Ideias, no projeto “Escultores de Imagens”.

Entrada Livre (por ordem de chegada)

4 e 5 DE JULHO16:00-18:00Sala de Sócios do Clube da Sertã 

Biodiversidade em Baixo

com os músicos, Jael Palhas, Miguel Calhaz e Ricardo Grácio

Biodiversidade em Baixo é um projeto musical que pretende comunicar a perda de biodiversidade e tornar visíveis as espécies ameaçadas, dando destaque aos instrumentos baixo. Tem por objetivos promover a divulgação da biodiversidade e em particular da biodiversidade vegetal ameaçada, divulgando o livro vermelho das plantas e aproximando as populações das plantas ameaçadas, promovendo conexões emocionais com estas espécies através da arte.

3 de julho17:00Casa da Cultura da Sertã

4 DE JULHO00:00Local a confirmar

Estendal do GATO - Apresentação Performativa

com Bru Junça e Dora Batalim SottoMayor

Este estendal parte do livro de pano GATO da marca Conto Por Ponto. No jardim ou em qualquer outro lugar, convidamos quem passa a juntar-se à roda do GATO, um livro desconstruído em várias peças e outras que se juntam. Convidamos à construção de outras narrativas, ao espreguiçar de uma memória coletiva buscando acordar textos da tradição oral - desenrolados pelas linhas com que cada um se cose. Depois, andar em patinhas de lã por todo o processo de construção dessas pequenas narrativas de forma individual ou em pequenos grupos e, no final, estender os filhotes do GATO num estendal como se fossem páginas de um grande livro de lengalengas.

Público em geral
Entrada Livre

4 DE JULHO16:00-18:00Alameda da Carvalha (Sertã)

Concerto para guitarra e poesia portuguesa

com Paulo Vaz de Carvalho (guitarra) e Aurelino Costa (voz)

Em textos ditos, mesmo que se refiram a temáticas urbanas, deixam sempre transparecer uma cultura da natureza, como se as palavras brotassem da terra e do granito das serras.
Contudo, essa força telúrica oscila entre a rudeza dos sons e a comovente ternura dos seres e pelas coisas da vida.
Dir-se-ia fácil encontrar uma resposta musical para as imagens literárias.
Por outro lado, Aurelino Costa, transmite de uma forma admiravelmente impressiva a mensagem dos poetas, e a junção da música improvisada à solidez dos textos escritos torna-se quase intuitiva, tão natural no calor de um palco como na teórica frieza de um estúdio de gravação.

Por tudo isto, é sempre para mim uma experiência fascinante trabalhar em conjunto com este extraordinário intérprete da poesia.” (António Victorino D’Almeida)

(Pela Sertã, connosco, a poesia de Camões, Eugénio, Torga, Alegre, Cesariny, Régio, Nobre, Gedeão, Florbela, Sophia, Natália, Ana Luisa Amaral e Aurelino entre outros)
Destinatários: Público em geral
Entrada livre, limitada à lotação da sala.

4 de julho22:30 Casa da Cultura da Sertã


Espetáculo “Semente”

com Filipa Borges, Miguel La Feria, Paloma del Pillar, Rita Mendes e Ricardo Fernandes

“O medo foi um dos meus primeiros mestres…” Tal como notou Mia Couto, ainda antes de pronunciarmos palavras ou distinguirmos sensações de realidade, aprendemos a ter medo: o escuro, o desconhecido, de nos perdermos, de falhar, crescer ou sermos livres. Em crianças, temos medos pequeninos, outros que crescem connosco e tolham-nos a mão. Já em adultos, semeamos o medo e fazemos dele arma quando achamos que a vida é mais segura dentro das fronteiras do nosso país, da nossa casa.
Partindo do olhar de uma criança que, mais tarde, se torna pai, “Semente” é um mosaico de histórias, cartas, poemas e canções sobre os medos que nos acompanham da infância à idade adulta, mas também o seu papel na manipulação do outro.
Espetáculo criado a partir de histórias infantis, canções, excertos de poemas e romances de autores portugueses e estrangeiros, para a 13ª edição da Maratona de Leitura. 

5 DE JULHO00:10Cineteatro Tasso - Sertã (Palco das 24h a ler)

DECLANTO

Com Miguel Calhaz e Rui Oliveira

(As histórias dos poemas das canções...) "Que histórias se escondem por detrás dos poemas das canções? Quantas palavras se diluem na escuta do poema de uma canção? E que diferentes interpretações de sentido fazemos das frases cantadas e declamadas? E como se espelham as mesmas na vastidão do nosso imaginário?”. Serão estas as principais reflexões que nos irão conduzir neste novo conceito de performance, aliando a declamação e a narrativa à canção.

"Declanto" um espectáculo que assenta na parceria dos dois músicos em torno dos poemas das canções de vários autores consagrados.

Entrada Livre

5 DE JULHO

00:50 | 11:35 | 17:40Cineteatro Tasso - Sertã (Palco das 24h a ler)

Recital musicado “Poeta em construção”

com Paulo Pires (acordeão solo) e Sónia Pereira (voz)

Recital de poesia com paisagens sonoras ao vivo.
Poemas de autores contemporâneos portugueses

5 DE JULHO10:55Cineteatro Tasso - Sertã (Palco das 24h a ler)

Poémia, com Ana Zorrinho (voz) e Simão Pereira (guitarra)

com Ana Zorrinho (voz) e Simão Pereira (guitarra)

Poémia é o resultado de um encontro pessoal e artístico entre Ana Zorrinho com a violinista Catarina Sousa, na qual a intensidade e sensibilidade das palavras declamadas fundem-se com as notas musicais. Esta simbiose tem, na sua génese, a melodia e a emoção que caracterizam a poesia e a música. Este é um encontro na liberdade de sentir através da arte.

5 DE JULHO13:00Cineteatro Tasso - Sertã (Palco das 24h a ler)

Fragmento de um dia claro

por João Morales (voz) e Maria do Mar (violino)

Publicado originalmente em 1921, A Invenção do Dia Claro é o texto mais autobiográfico de José de Almada Negreiros. Órfão de mãe aos três anos, com um pai ausente do país, desde cedo desenvolveu uma ambição intelectual e intuitiva que facilmente se conciliou com uma mestria ímpar em diversas facetas artísticas. Construído com metáforas, curtas narrativas e parábolas sem idade, trata-se de um texto visionário, poético e digno de divulgação permanente junto das gerações seguintes.

5 DE JULHO18:00Cineteatro Tasso - Sertã (Palco das 24h a ler)

Espetáculo Os Fantasmas Inquilinos

por Partido Coração (Renato Filipe Cardoso e Rui David)

A dupla Partido Coração debruça-se, desta vez, sobre as questões do medo, dos temores, das inseguranças e.. dos fantasmas que nos habitam. Para isso, fez uma criteriosa recolha de poemas e canções que medem a temperatura e retratam vários tipos e contextos de medo.
Depois, o enlevo na voz de Rui David e o jeito intenso de dizer de Renato Filipe Cardoso fazem o resto.

5 DE JULHO19:15Cineteatro Tasso - Sertã (Palco das 24h a ler)

Cartografia do medo ao vivo

com direção artística de André Neves (Maze)

O espetáculo resulta da participação de residentes na Sertã na residência artística e oficina intercultural "Cartografia do Medo" que decorreu na Sertã desde abril até junho. Apresenta-se assim o resultado do projeto, que teve como propósito usar a arte como ferramenta para desconstruir preconceitos e fomentar o diálogo entre migrantes e a comunidade local da Sertã, através de atividades criativas e participativas, para a construção de narrativas inclusivas que promovem a empatia e combatem o medo do desconhecido.

5 DE JULHO21:15Castelo da Sertã

A faca não corta o fogo

com Pedro Lamares e André “Pancho”

Herberto Helder é uma ilha. Uma língua dentro da língua. Não tem época, corrente ou agenda. Não é surrealista ou neorrealista. Não é isto nem aquilo. Não cabe nas classificações nem nas gavetas do seu tempo, do nosso tempo. É “mãe louca à volta sentadamente completa”. Encontrou um “estilo” e com ele a nossa “cabeça estremece com todo o esquecimento”.
O Herberto dito é uma avalanche de imagens por cima e por dentro da cabeça, no sopé do vulcão.
Em 2020 a companhia Musgo com o município de Oeiras lançaram-me o desafio de criar um espetáculo com um poeta e um músico à minha escolha. Escolhi o Herberto e o percussionista uruguaio Andrés “Pancho” Tarabbia. A pandemia atirou o projeto para um vídeo de mais curta duração no ‘Templo da Poesia’. Agora fazemo-lo crescer na boca, nos dedos e na pele para, em residência artística na ‘Maratona de Leitura’ da Sertã estrearmos finalmente em palco “A faca não corta o fogo” a ver se “o poema cresce inseguramente na confusão da carne”.
Sabemos que com Herberto “Por vezes tudo se ilumina. Por vezes sangra e canta.” Seguimos juntos por dentro da voz, das palavras, do ritmo, da música, do desarrumo das imagens, à procura do Herberto. “é preciso pensar no ‘ritmo’ é uma das nossas congeminações exaltadas”.
Vamos a jogo.
“Em cada espasmo eu morrerei contigo”.
Pedro Lamares
(Todas as citações são de Herberto Helder)

5 DE JULHO22:05Castelo da Sertã

A consonância do medo

com Marco Figueiredo, Grupo Coral do Sertanense, Grupo de Jovens Dar+, Filipe Lopes, Isaque Ferreira, Jorge Serafim e Renato Filipe Cardoso

O medo, emoção que ao longo dos milénios de evolução da sociedade foi o garante da subsistência da nossa espécie, por isso algo inerente à nossa sobrevivência, foi usado das formas mais vis por políticos sem escrúpulos, curandeiros, vendedores de banha de cobra e outros charlatães em proveito próprio. Dividir para reinar, amedrontar para surgir como único salvador do degredo e da concupiscência.
Neste espetáculo, uma banda de rock de cinco músicos profissionais une-se a um grupo coral sertaginense e a distintos declamadores, para demonstrar que é no confronto de ideias que a consonância surge, que é também a divergência que nos torna plurais, e a convivência entre várias gerações de músicos, profissionais e amadores, que nos conforta com a esperança na humanidade... ou nos confronta com o medo?!
Com base em poemas de Alexandre O’Neill, José Saramago, Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e outros soberbos autores da lusofonia, cinco músicos profissionais e um coro de quarenta vozes darão asas a poemas que nos trarão esperança, não sem antes nos mergulharem no medo profundo.

5 DE JULHO23:05Castelo da Sertã